Filtro de Daltonismo

Alunos da Etec MAS produzem artigos sobre mudanças climáticas.

Alunos do Ensino Médio com Itinerário Formativo em Ciências Humanas e Sociais Aplicadas: Vitor Fernandes Ezequiel, Jamilly Lima de Oliveira, Beatriz Silva Custódio.

30 de outubro de 2024 4:20 pm Manchete

Em um mundo cada vez mais impactado pelas mudanças climáticas, é fundamental que as novas gerações desenvolvam uma visão crítica e abrangente sobre o tema. Por isso, alunos do Ensino Médio com Itinerário Formativo em Ciências Humanas e Sociais Aplicadas foram convidados a refletir e escrever sobre essa questão de relevância global. A formação em ciências sociais oferece a esses estudantes as ferramentas para analisar não apenas os aspectos físicos e ambientais das mudanças climáticas, mas também as suas causas sociais, econômicas e políticas, e as implicações para as comunidades locais e para a sociedade global.

Ao longo de seus estudos, esses alunos aprendem a interpretar o mundo de forma crítica e integrada, considerando como as ações humanas e as políticas públicas moldam o meio ambiente. Essa formação é essencial para que possam compreender e agir frente aos desafios que o futuro reserva, seja por meio de intervenções diretas na comunidade ou pelo desenvolvimento de soluções para problemas complexos e urgentes.

Assim, esta série de textos representa não só um exercício acadêmico, mas uma reflexão sobre o papel de cada um de nós na preservação do planeta e na construção de um mundo mais sustentável. Ao compartilhar suas perspectivas, nossos alunos exercitam a cidadania e reafirmam a importância do conhecimento para a transformação social.

Confiram abaixo a coletânea de textos produzida pelos nossos alunos:

MUDANÇAS CLIMÁTICAS e BIODIVERSIDADE – por Beatriz da Silva Custódio

Para conseguirmos entender como as mudanças climáticas afetam a nossa biodiversidade, precisamos primeiro entender o que exatamente são essas mudanças, certo?

As mudanças climáticas são alterações a longo prazo nos padrões de temperatura e clima.

Essas mudanças podem acontecer por causas naturais, porém, desde o século XVIII, as atividades humanas têm sido o principal agente dessas mudanças, e a queima de combustíveis fósseis, como carvão, petróleo, etc., é um dos principais motivos pelos quais essas mudanças ocorrem.

Fonte: Stockcake

A biodiversidade e os ecossistemas têm papel crucial para o bom desenvolvimento da Terra e nossa sobrevivência por meio de serviços essenciais providos, como produção de alimentos, água potável e regulação do clima. Porém, as mudanças climáticas estão sendo duramente ameaçadas, podendo afetar sua função, estrutura e capacidade de adaptação.

As mudanças climáticas têm um impacto profundo e abrangente sobre a biodiversidade em todo o mundo. O aumento das temperaturas e os eventos extremos climáticos estão modificando os habitats, forçando muitas espécies a se adaptarem rapidamente ou a enfrentarem a extinção.

Esses eventos colocam à prova toda e qualquer espécie que precise de certa temperatura padrão para viver confortavelmente. Além disso, os derretimentos das geleiras levam ao aumento do nível do mar e acometem os habitats naturais de espécies de baixa altitude.

Reflorestamento e conservação das florestas, conservação da biodiversidade e conscientização e educação ambiental da população são algumas medidas que podem ser adotadas por nós para o melhor funcionamento da nossa fauna e flora, além de preservar nosso meio ambiente.

SÃO PAULO: TERRA DA POLUIÇÃO – por Jamilly Lima de Oliveira

Em outubro, São Paulo alcançou o topo do ranking de cidades com o ar mais poluído, de acordo com a plataforma IQAir, ficando em primeiro lugar no índice global de poluição atmosférica. A paisagem da terra da garoa fora encoberta por névoa densa, conjunta à péssima qualidade do ar, registrada pelas estações de monitoramento como “ruim” e “muito ruim” para a saúde.

Fonte: Stockcake

A principal causa dessa piora no ar da capital está relacionada com os incêndios florestais, acompanhado das queimadas, do tempo seco e da emissão de poluentes do “dia a dia”, proveniente de veículos e indústrias.

Após uma reunião entre técnicos da Cetesb, representantes das secretarias da Saúde e do Meio Ambiente e membros da Defesa Civil, foi emitido um alerta sobre os cuidados necessários para com a situação. O órgão recomenda à população que se mantenha hidratada, evite exercícios físicos ao ar livre nos horários mais quentes do dia e permanecer em locais com aglomeração de pessoas e utilize umidificadores ou improvise com toalhas molhadas e recipientes de água dentro de casa, junto ao soro fisiológico, para aliviar o desconforto causado pelo ar seco. Em regiões de queimadas, também é sugerido o uso de máscaras N95, PFF2 ou P100, que reduzem a inalação de partículas.

Uma pesquisa feita pelo Instituto Ar e pelo Instituto Alana apontam que o Brasil adota um padrão com níveis de concentrações de poluentes cerca de três vezes maior que o recomendado pela Organização Mundial da Saúde. Por outro lado, a gerente de qualidade do ar da Cetesb afirma que os parâmetros de São Paulo são seguros.

O Conama (Conselho Nacional do Meio Ambiente) aprovou em junho deste ano uma nova resolução que estabelece prazos para que os estados reduzam a poluição do ar, a partir de 2025, até os patamares estabelecidos pela ONU em 2021. A diminuição das emissões de poluentes vai ser feita em etapas durante os próximos 20 anos.

A POLUIÇÃO DOS OCEANOS, MUDANÇAS CLIMÁTICAS E OS IMPACTOS NA VIDA MARINHA E ECOSSISTEMAS – por Mariana Ribeiro dos Santos

A poluição dos oceanos é um dos maiores desafios ambientais da atualidade, e o descarte inadequado de lixo, especialmente plásticos, tem um impacto devastador na vida marinha, nos ecossistemas e até mesmo na saúde humana.

Fonte: Stockcake

O plástico representa uma grande parte do lixo marinho, e isso afeta diretamente a vida aquática. Animais como tartarugas, peixes, aves e mamíferos marinhos muitas vezes confundem plásticos com alimentos. Ao ingerir plásticos, esses animais podem sofrer bloqueios no sistema digestivo, lesões internas e até morrer por inanição. Além disso, redes de pesca e outros resíduos plásticos podem enroscar-se em animais, limitando seus movimentos e levando-os à morte.

Os microplásticos, que são pedaços menores de plástico que resultam da degradação de materiais maiores, entram na cadeia alimentar marinha. Pequenos organismos, como o plâncton, ingerem esses microplásticos, que depois são consumidos por peixes e outros animais maiores. Isso afeta todo o ecossistema, uma vez que substâncias químicas nocivas presentes no plástico podem acumular-se nos organismos e se mover para níveis mais altos da cadeia alimentar.

Os microplásticos também afetam os seres humanos, pois ao ingerirmos frutos do mar contaminados, estamos consumindo essas pequenas partículas de plástico. Além disso, muitos plásticos contêm aditivos químicos tóxicos, como

ftalatos e bisfenol A (BPA), que podem prejudicar a saúde, causando desequilíbrios hormonais e aumentando o risco de doenças como o câncer.

A poluição dos oceanos acelera as mudanças climáticas, ao reduzir a capacidade dos mares de absorverem CO₂ e impactar ecossistemas essenciais para o equilíbrio climático do planeta.

Ao contaminar os oceanos com plástico, resíduos químicos e esgoto, comprometemos não só a vida marinha, mas também a capacidade dos oceanos de regular a temperatura global, intensificando o efeito das mudanças climáticas.

Para mitigar os impactos da poluição dos oceanos, algumas soluções importantes incluem:

1- Uso de Materiais Biodegradáveis: A substituição de plásticos por materiais biodegradáveis é uma alternativa eficaz, já que esses materiais se decompõem de forma natural sem prejudicar o ambiente. No entanto, é importante garantir que esses produtos sejam compostáveis em condições reais e acessíveis.

    2- Campanhas de Conscientização: A educação e a conscientização são fundamentais para reduzir o consumo de plásticos descartáveis e promover práticas sustentáveis. Campanhas de mídia, programas escolares e ações comunitárias podem ajudar a informar a população sobre os impactos do lixo nos oceanos e como podemos fazer a diferença.

    3- Reciclagem: Incentivar a reciclagem de plásticos é crucial para evitar que eles acabem no oceano. No entanto, apenas uma pequena porcentagem dos plásticos é reciclada atualmente. Melhorar os sistemas de coleta e processamento de lixo, junto com políticas governamentais de incentivo à reciclagem, pode ajudar a reduzir a quantidade de plástico que vai parar no mar.

    Além disso, a criação de políticas mais rígidas contra o descarte inadequado de lixo e a limpeza regular de praias e áreas costeiras são medidas essenciais para combater a poluição dos oceanos.

    Uma solução para mitigar a poluição dos oceanos e reduzir os impactos nas mudanças climáticas é investir em sistemas de gestão de resíduos mais eficientes, como o incentivo à economia circular, que promove a reciclagem e o reuso de materiais para evitar o descarte no ambiente. Além disso, políticas globais de proteção dos ecossistemas marinhos e a redução do uso de plásticos descartáveis são medidas essenciais para preservar os oceanos, garantindo que continuem desempenhando seu papel vital na absorção de CO₂ e na regulação climática

    Essas ações, quando combinadas, podem ajudar a preservar os oceanos e proteger tanto a vida marinha quanto a saúde humana.

    Na minha opinião acho muito triste ver como a poluição dos oceanos está destruindo o meio ambiente e a vida marinha. Fico pensando em como nós mesmos contribuímos para isso, jogando lixo nas ruas ou não nos importando com o que consumimos. Para mim, a pior parte é ver os animais sofrendo, como tartarugas e peixes morrendo por causa de plásticos. Mesmo que eu não consiga mudar o mundo sozinha, acredito que pequenas atitudes, como reciclar e usar menos plástico, já fazem diferença. Se a gente não começar a cuidar agora, o futuro vai ser pior do que já está.

    AS CONSEQUÊNCIAS DO DESMATAMENTO NO BRASIL EM RAZÃO DAS MUDANÇAS CLIMÁTICAS – por Vitor Fernandes Ezequiel

    Há muitos anos vem ocorrendo o problema de desmatamento de mata nativa no Brasil, porém, o problema vem se agravando a cada ano, prova disso são as intensas ondas de calor, enchentes, secas, o derretimento de geleiras, entre outros.

    Fonte: Stockcake

    O desmatamento tem um papel importante no aquecimento global, pois, quando você desmata uma árvore, você está tirando a proteção daquele lugar. Podemos citar como exemplo o fato de que são as árvores que absorvem a água das chuvas, impedindo com que se acumule, e a raízes delas que crescem para se fixar no solo ajuda o próprio solo a ficar fixo, de forma com que quando acontece uma tempestade, não haja um deslizamento de terra.

    As florestas desempenham um papel crucial na absorção do carbono. As árvores absorvem dióxido de carbono (CO₂) da atmosfera durante a fotossíntese, ajudando a regular a temperatura do planeta. Quando as florestas são destruídas, não apenas a capacidade de absorver CO₂ é reduzida, mas também o carbono armazenado nas árvores é liberado de volta para a atmosfera, intensificando o efeito estufa e acelerando o aquecimento global.

    Para combater o desmatamento e suas consequências, é essencial adotar políticas de conservação e manejo sustentável das florestas. Iniciativas de reflorestamento, uso responsável da terra e incentivos para práticas agrícolas sustentáveis são fundamentais. A conscientização e a participação da sociedade são igualmente importantes para pressionar por mudanças e garantir um futuro mais sustentável.

    A situação do planeta chegou a um ponto crítico e esse assunto deveria ser tratado com uma atenção especial, incluindo uma educação ambiental como disciplina fundamental desde o ensino primário para uma conscientização das futuras gerações. Tomando como base a nossa cidade (São Paulo) que já ganhou por várias vezes o título de cidade mais poluída do mundo, cabe ao futuro prefeito implementar políticas ambientais que possam transformar nossa cidade em um lugar melhor para se viver.

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